Shitz
de Hanoch Levin
Sinopse
“SHITZ", de Hanoch Levin. figura maior do teatro israelita contemporâneo, com liberdade de pensamento e um tom raro e específico, deixou uma cinquentena de peças, cada uma mais divertida, mais louca e mais musical que as outras. Com esta comédia decapante escrita em 1975 continua a busca por um teatro que encena a intimidade e a política, procura o equilíbrio entre a simplicidade e o excesso sobre um fio esticado entre a dureza da proposta e o cómico da farsa. Tudo sobre um fundo de music-hall, porque em casa dos Shitz, por vezes canta-se, isso alivia. E sob a brutalidade do mundo, aflora a melancolia. Tudo isto num forte cocktail, uma mistura de provocação, de graça, de quotidiano, de ferocidade e de ternura, fundamental para o género humano.
Para dar conta de um mundo cujos cidadãos estão à sombra dos cânones, Levin inspira-se tanto na vida quotidiana quanto nas fontes bíblicas ou mitológicas. O seu teatro, sempre comprometido, denuncia a insanidade da lógica da guerra e o seu humor, devastador e provocativo, questiona o ser humano e a sua presença universal. Em casa dos Shitz não se faz renda. Fala-se mal. Para quê dar presentes se a vida nos deu tão pouco quando esperávamos tanto? Aqui está uma família onde o ódio só tem igual na cupidez. O pai Shitz não pode continuar a manter a sua filha bulímica. A mãe sonha ser avó. A filha quer um marido e o futuro marido uma herança. Os jovens querem livrar-se dos velhos mas os velhos não estão pelos ajustes. Depois do noivado violentamente discutido, uma guerra instala-se nesta comédia virulenta!”
Tradução Joana Caspurro
Cenografia e figurinos Pedro Fazenda
Encenação Figueira Cid
Com Andréa Fernandes, Duarte Banza, Elsa Pinho e Figueira Cid
Imagem do espectáculo Bernardo Bagulho
Operação de luz e som António Rebocho
Costura Loja 'O Botão'
Secretariado Camille Oliveira
Agradecimentos Operários de carpintaria e serralharia da Câmara Municipal
de Évora,André Domingos, Diogo Pardal, João Carlos Araújo, João Piteira,
João Rasteiro, Marco Conceição, Nuno Lopes e Sebastião Pereira