
ACOLHIMENTO

SEDE
a partir de Aldeia: Terra, Gente e Bichos de Aquilino Ribeiro
pela ASTA Teatro
4 OUTUBRO
sábado // 21h30
a bruxa TEATRO acolhimento
SINOPSE
Descobrir Aquilino Ribeiro foi como entrar num sonho acordado, onde as palavras abrem um espaço de significados que se respondem uma às outras como dentro de um labirinto de espelhos e vidros transparentes. Refletem ou deixam-se atravessar por temporalidades distantes e familiares ao mesmo tempo. De literário a sociólogo, a filósofo, de etólogo a romancista, essas sensações provocadas pela leitura de Aldeia -Terra Gente e Bichos, foram o ponto de partida para criar SEDE, confirmando essa intuição de pesquisa nas palavras do mestre:
"Porque há de ter menos realidade o mundo fingido ou sonhado do que qualquer outro?". É esse mundo fingido, sonhado, que criámos. Uma fábula feita dessas sensações. Num espaço rasgado por vestígios de árvores e sombras do que já foi, duas mulheres chegam para fazerem desse espaço o seu lugar terra. Árvores mortas, a terra seca, infértil, é aqui que o desafio para encontrar água começa. Servindo-nos de uma linguagem teatral, onírica e principalmente visual, sustentada num discurso sensorial, SEDE, entende-se como uma performance teatral que convida os espectadores a viajarem a um universo alternativo, a um lugar de mistério.

FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Produção | ASTA –Teatro e Outras Artes
Criação e Direção | Patrick Murys
Interpretação | Bárbara Soares, Carmo Teixeira
Apoio à Criação | Ana Vargas
Desenho de Luz e Som, Cenografia | pedro fonseca/colectivo, ac
Espaço Cénico | Patrick Murys, pedro fonseca/colectivo, ac
Guarda-Roupa | ASTA
Costureira | São Bizarro
Cartaz | Sérgio Novo
Fotografia e Vídeo | Rui Espinho
Direção de Produção | Rui Pires
Comunicação | Helena Ribeiro
Classificação_ M/12
Duração_ 50'
PROCESSO CRIATIVO
Tudo começou com o convite da ASTA teatro a Patrick Murys, para encenar um espetáculo, com duas atrizes da companhia, a partir do livro Terra, Gente e Bichos do Aquilino Ribeiro.
Com a equipa criativa, começámos por perceber e digerir a densidade das situações e das temáticas diversas desta obra de Aquilino Ribeiro. Trocamos e cruzamos pensamentos e ideias, procurando encontrar qual seria a busca, a “sede” desta criação.
Começámos um processo de trocas e partilhas coletivas de sensações, para encontrar tensões, regras de jogo, onde todos tivemos um papel e contributo, que se desenvolveu no processo criativo. Procurámos uma linguagem singular dos corpos, um tratamento da linguagem gestual que se articula tanto no teatral como no abstrato.
A cenografia e figurinos surge através de objetos e roupas já existentes, contribuindo para criar uma dramaturgia feita também com as histórias que estes objetos têm guardados em si. Árvores mortas vindas da floresta, figurinos já utilizados, um carrinho de trabalho conduzido por mãos que já não estão.
Foi na relação que as atrizes encontraram com estes objetos, e entre elas, que se desenhou a fábula que apresentamos. Nesse encontro de linguagem surgiu a temática da sede.
A sede como metáfora da necessidade em encontrar uma fonte para nos irrigar como seres humanos e sociais. Sede física, puxando o corpo à procura de sensações aquáticas. Sede alegórica procurando diálogo entre os corpos e os objetos para atingir tensões dramáticas numa forma orgânica.

Reservas para abruxateatro@gmail.com // 266 747 047