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O Grito das Árvores
inspirado em 'A Vida Secreta das Árvores' de Peter Wohlleben

Sinopse

Juntos desde sempre, num cenário fantasioso, duas criaturas em busca de si mesmas tentam perceber quem são individualmente, sem que essa descoberta signifique abdicar da companhia uma da outra. Neste espetáculo acompanhamos as suas reflexões e inquietações nessa procura, percebendo como se contamiam e deixam contaminar pelo espaço que habitam e onde, simultâneamente, querem ficar e sair.

“As árvores podem crescer em lugares deveras extremos. Podem, não. Têm de. Pois quando a semente cai da árvore, o seu lugar só poderá ser alterado pelo vento ou se for transportada por algum animal. Quando germina na primavera estão lançados os dados. A partir desse momento a plântula fica para sempre ligada a esse pedaço de terreno e terá de aceitar a sorte que lhe couber.” Peter Wohlleben

 

 

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Cenografia e Figurinos CHISSANGUE AFONSO
Texto e Encenação JULIANA FONSECA
Banda Sonora Original BRUNO DOMINGOS
Desenho de Luz DUARTE BANZA
Com DUARTE BANZA e ELSA PINHO
Operação de Luz e Som HENRIQUE MARTINS
Imagem do espectáculo CRISTINA MATOS

Fotografias LUÍS CUTILEIRO
Produção 'a bruxa TEATRO'

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'O Grito das Árvores' foi escrito em 2020, em momento de confinamento, após reflexão sobre o icónico 'A Vida Secreta das Árvores' de Peter Wohlleben. Este texto parte da reflexão sobre o animal e o vegetal, o orgânico e o fabricado, e da procura das suas correlações, semelhanças e possiveis comunicações e contágios. 
A palavra “contágio” invadiu o nosso léxico com a chegada da pandemia e adquiriu para nós um novo sentido. Neste processo abraçamos o contágio como algo prazeroso, enriquecedor e dinâmico. Um contágio permanente em que todos os elementos são igualmente essenciais e se interligam para constituir um todo, como as florestas. 
E não é isso que todos somos? Um ser constantemente contagiado pelo que o rodeia e constantemente em hesitação na procura de saber quem é? Somos fruto das árvores que germinam ao nosso lado e, assim, caminhamos continuamente em florestas itenerantes. Em premanente contágio. 

Juliana Fonseca

O texto “O Grito das Árvores”, foi me apresentado de forma carismática, com imaginário híbrido, desafiando a criação de um universo musical que contivesse uma dualidade entre o orgânico e o eletrónico. Neste universo, propus-me a explorar um grande leque de sons, começando pelos que conseguia emitir com o meu próprio corpo, até aos sons totalmente sintetizados, e assim nasce a sonoplastia e composição musical de “O Grito das Árvores”, uma das composições mais avassaladoras, estranhas e sensíveis que fiz até aos dias de hoje.

Bruno Domingos

Este processo tem se revelado muito aliciante e acima de tudo, coerente. Germinado em premissas que são cada vez mais pertinentes na minha ótica pessoal, enquanto profissional e criadora. Raízes que se entrelaçam, num trabalho criativo participativo, quer no pensar, quer na produção artística, em detrimento de um resultado sustentável e sensível. Um olhar que se estende no futuro e que reclama reflexão. 
São árvores que gritam uma mensagem que devemos escutar!

Chissangue Afonso

 

 

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44ª Produção | 2022

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